quinta-feira, 9 de agosto de 2012

O QUE DIZER DO SEXO ANTES DO CASAMENTO?



Muitos jovens sem dúvida voltarão primeiro sua atenção para esta seção do blog. Por quê? Porque nenhum assunto suscita tantas perguntas e tanta controvérsia – e confusão – como o sexo e a moral. A boa moral, contudo, abrange mais do que o comportamento sexual. Por exemplo, pode-se dizer que o jovem que mente e que tapeia e “cola” tem boa moral? Ou existem situações em que a desonestidade é aceitável? Felizmente, a Bíblia nos fornece algumas orientações diretas e práticas sobre tais questões morais.

Se vocês se amam, será isto aceitável? Ou deveriam esperar até se casarem?Eu ainda sou virgem. Será que há algo de errado comigo?” Perguntas assim são comuns entre os jovens.

Todavia, “é só a pessoa jovem de qualidades excepcionais que já não teve relações sexuais na adolescência” concluiu o Instituto Alan Guttmacher, dos EUA, em seu informe de 1981. “Oito de cada 10 homens, e sete de cada 10 mulheres comunicam já terem tido relações sexuais na adolescência.”

‘E por que não?’, talvez pergunte. Afinal de contas, é somente natural querer sentir-se amado. E, quando se é jovem, suas paixões podem ser bem fortes, a ponto de perturbá-lo. Ademais, existe a influência dos colegas. Eles talvez lhe digam que o sexo pré-marital (antes do casamento) é divertido, e que, quando você realmente gosta de alguém, é somente natural desejarem tornarem-se íntimos. Alguns talvez até digam que fazer sexo comprova sua masculinidade ou feminilidade. Não desejando ser visto como esquisito você talvez se sinta assim pressionado a experimentar as relações sexuais.

Contrário à opinião popular, nem todos os jovens têm pressa em deixar de ser virgem. Considere a guisa de exemplo, uma jovem solteira chamada Ester. Ela se submetia a um exame médico geral quando o médico dela perguntou, com toda a naturalidade:“Que método anticoncepcional está usando?” Quando Ester respondeu: “Não uso nenhum”, o médico dela exclamou: “O que! Você quer ficar grávida? Como é que espera não engravidar se não está usando nada?” Ester replicou: “É porque não estou fazendo sexo!”

O médico olhou para ela, descrente: “Isto é inacreditável”, disse ele. “Chegam aqui mocinhas de 13 anos, e não são virgens. Você é uma pessoa notável.”
O que tornava Ester “notável”? Ela obedecia à admoestação da Bíblia: “Ora, o coro não é para fornicação [que inclui o sexo pré-marital]... Fugi da fornicação.” (I Coríntios 6:13,18). Sim, ela reconhecia o sexo pré-marital, como um grave pecado contra Deus! “Isto é o que Deus quer”, declara I Tessalonicenses 4:3,“que vos abstenhais de fornicação”. Por que, porém, a Bíblia proíbe o sexo pré-marital?

#OS EFEITOS POSTERIORES

Até mesmo nos tempos bíblicos, alguns praticavam o sexo pré-marital. Uma mulher imoral talvez convidasse um jovem para entregar-se a isso, dizendo-lhe: “Vem deveras, bebamos fartamente do amor até amanhã à manhã; regalemo-nos deveras mutuamente com expressões de amor.” (Provérbios 7: 18) A Bíblia, contudo, avisava que os prazeres usufruídos hoje podem trazer dor amanhã. “pois os lábios duma mulher estranha estão gotejando como favo de mel e seu paladar é mais macio do que o azeite”, observou Salomão. “Mas”, prosseguiu ele, “o efeito posterior dela é tão amargo como o absinto; é tão afiado como uma espada de dois gumes”. – Provérbios 5: 3, 4.

Um dos possíveis efeitos posteriores é contrair uma doença sexualmente transmissível. Imagine só a aflição de coração de uma pessoa ao ficar sabendo, anos depois, que uma experiência sexual lhe causou danos irreversíveis, talvez a infertilidade ou um grave problema de saúde! Como avisa Provérbios 5: 11: ‘Terás de gemer no teu futuro, quando tua carne e teu organismo chegarem ao fim. ’ O sexo pré-marital também resulta em filhos ilegítimos, em abortos, e num casamento prematuro – cada qual com suas dolorosas consequências. Sim, quem pratica o sexo pré-marital deveras ‘peca contra seu próprio corpo’. I Coríntios 6: 18. Reconhecendo tais perigos, o Dr. Richard Lee declarou na revista Yale Journal of Biology and Medicine: “Jactamonos perante nossos jovens dos grandes avanços que fizemos na prevenção da gravidez e no tratamento das doenças veneras, desconsiderando o preventivo mais confiável e específico, o menos dispendioso e menos tóxico, tanto da gestação como dos sofrimentos venéreos — aquele estado antigo, honroso, e até mesmo saudável, da virgindade.”

#CULPA E DECEPÇÃO

Muitos jovens verificam, ademais, que o sexo pré-marital é amargamente decepcionante. Com que resultado? Passam a ter sentimentos de culpa e menos respeito por si mesmos. Admitiu Dênis, de 23 anos: “Foi uma tremenda decepção — nenhuma sensação gostosa ou do caloroso amor que devia supostamente trazer. Antes, doía-me a plena consciência de quão errado tinha sido aquilo. Eu me sentia completamente envergonhado da minha falta de autodomínio.” Confessou certa jovem: “Caí na realidade com um golpe prostrador... A festa terminara e eu me sentia mal, vulgar e suja. Não me senti nada melhor ao ouvi-lo dizer: ‘Por que foi que você não nos fez parar antes de as coisas irem longe demais?”
Tais relações não são raras, segundo o Dr. Jay Segal. Depois de estudar as atividades sexuais de 2.436 estudantes universitários, ele concluiu: “ As experiências de uma primeira [relação sexual] insatisfatória e desapontadora excediam as satisfatórias e excitantes numa proporção de quase duas por uma. Tanto homens como mulheres lembravam que tinham ficado muito decepcionados.”Deve-se admitir que até mesmo cônjuges legais podem, às vezes, ter dificuldades quando se trata de sexo. Mas, num casamento, quando existe genuíno amor e compromisso, tais problemas podem, em geral, ser resolvidos.

#O PREÇO DA PROMISCUIDADE

Alguns jovens não sentem nenhuma culpa por terem relações sexuais, e, assim, dedicam-se totalmente à busca da gratificação sexual, procurando fazer sexo com uma variedade de parceiros. O pesquisador Robert Sorensen, em seu estudo sobre a sexualidade dos adolescentes, observou que tais jovens pagam um alto preço por sua promiscuidade. Escreve Sorensen: “Em nossas entrevistas pessoais, muitos [jovens promíscuos] revelam... Crer que sua vida tem muito pouca finalidade e pouco contentamento.” Quarenta e seis por cento destes concordam com a declaração: “Do jeito como eu vivo agora mesmo, a maioria das minhas aptidões será desperdiçada.” Sorensen comprovou, ademais, que estes jovens promíscuos referiam sentir pouca “confiança em si e autoestima ”.
É exatamente como diz Provérbios 5.9: Os que se empenham em imoralidade‘dão a outros sua dignidade’.



#A MANHÃ SEGUINTE


Uma vez o casal de namorados tenha tido relações sexuais ilícitas, amiúde passam a encarar um ao outro de forma diferente. O rapaz talvez descubra que aquilo que sentia pela moça já não é tão intenso como antes; pode ser que até a julgue menos atraente. Lembre-se do relato bíblico sobre o jovem Amnom, e quão apaixonado estava pela virgem Tamar. Todavia, depois de ter relações sexuais com ela, Amnom começou a odiá-la com um ódio muito grande”. — II Samuel 13:15.

Uma jovem chamada Maria teve uma experiência semelhante. Depois de ter tido relações sexuais admitiu: “Eu me odiava (por causa da minha fraqueza), e odiava meu namorado. Com efeito, as relações sexuais, que achávamos que nos tornaria mais achegados, puseram fim ao nosso relacionamento. Eu nem quis mais vê-lo”. Sim, por praticarem o sexo pré-marital, um par cruza uma linha e não pode nunca mais voltar atrás!

Paul H. Landis, respeitado pesquisador no campo da vida familiar, comenta: “O efeito temporário [do sexo pré-marital] pode ser o de fortalecer o relacionamento, mas os efeitos a longo prazo podem ser bem diferentes.” Deveras, os pares que têm relações sexuais têm mais probabilidade de romper seu relacionamento do que aqueles que se abstêm delas! Qual o motivo disso? O sexo ilícito gera ciúme e desconfiança. Como certo jovem admitiu: “Alguns indivíduos, quando têm relações sexuais, pensam depois disso: ‘Se ela teve relações comigo, é possível que também as tenha tido com outro. ’Aliás, era assim que eu pensava... Tornei-me extremamente ciumento, desconfiado e suspeitoso.”

Quão diferente disto é o genuíno amor, que “não é ciumento... não se comporta indecentemente, não procura os seus próprios interesses”. (I Coríntios 13:4, 5) O amor que consolida relacionamentos duradouros não se baseia na paixão cega.

#OS BENEFÍCIOS DA CASTIDADE – PAZ E RESPEITO PRÓPRIO

Permanecer casto, contudo, faz mais do que ajudar um jovem a evitar consequências funestas. A Bíblia menciona uma jovem virgem que permaneceu casta, apesar do intenso amor que sentia por seu namorado. Em resultado, ela podia orgulhosamente dizer: “Sou uma muralha, e meus peitos são como torres.” Ela não era nenhuma ‘porta de vaivém’que facilmente ‘se abria’ sob a pressão da imoralidade. Moralmente, ela permanecia sendo uma muralha, impossível de escalar, de uma fortaleza dotada de torres inacessíveis! Merecia de ser chamada de “a pura”, e podia dizer a respeito de seu respectivo marido: “[Eu] me tornei aos seus olhos como aquela que acha paz.” Sua própria paz mental contribuía para o contentamento entre os dois. – O Cântico de Salomão 6:9, 10, 8:9, 10.

Ester, a jovem casta já mencionada, sentia a mesma paz íntima e o mesmo amor-próprio. Disse ela: “Eu me sentia bem comigo mesma. Mesmo quando minhas colegas de trabalho zombavam de mim, eu considerava minha virgindade como um diamante, valioso por ser tão raro.” Adicionalmente, as jovens como Ester não são afligidas por uma consciência culpada. “Não existe nada melhor do que ter uma boa consciência perante Jeová Deus”, declarou Estêvão, um cristão de 19 anos.
‘Mas, como pode um casal vir a conhecer-se bem se não fizerem sexo?’, imagina alguns jovens.

#CRIAR UMA INTIMIDADE DURADOURA

Apenas o sexo não pode forjar um relacionamento permanente; nem o podem as expressões de afeto, tais como o beijo. Uma mulher jovem chamada Ana, avisa: “Aprendi por experiência própria que, às vezes, podemos muito cedo nos tornar íntimos demais, fisicamente.”Quando namorados gastam seu tempo demonstrando afeição um ao outro, cessa a comunicação significativa. Assim, podem desperceber graves diferenças que poderão aflorar depois do casamento. Quando Ana mais tarde começou a sair com outro homem – aquele com o qual ela veio a se casar – ela teve o cuidado de evitar tornarem-se íntimos demais, em sentido físico. Explica Ana: “Passávamos o tempo resolvendo problemas e discutindo nossos alvos na vida. Eu vim a conhecer o tipo de pessoa com quem eu iria me casar. Depois do casamento, só houve surpresas agradáveis.”

Foi difícil para Ana e seu namorado mostrar tal autodomínio? “Foi, sim!”, confessou Ana. “Sou, por natureza, uma pessoa carinhosa. Mas, conversávamos sobre os perigos e ajudamos um ao outro. Ambos queríamos muitíssimo agradar a Deus e não estragar nosso vindouro casamento.”

Mas não é de ajuda para o marido (ou esposa) recém-casado ter tido alguma outra relação sexual? Não, pelo contrário, isso muitas vezes prejudica a intimidade conjugal! Nas relações sexuais pré-maritais dá-se ênfase à gratidão pessoal, aos aspectos físicos do sexo. O respeito mútuo é minado pela paixão descontrolada. Uma vez se formem tais padrões egoístas, eles são difíceis de romper, e podem, com o tempo, provocar estrago no relacionamento.

No casamento, contudo, o saudável relacionamento íntimo exige restrição, o domínio de si. O foco precisa estar no dar, em ‘render os deveres sexuais’, em vez de emreceber’. (I Coríntios 7:3, 4) Permanecer casto o ajuda a cultivar tal autodomínio. Ensina-lhe a colocar a preocupação altruísta com o bem-estar da outra pessoa à frente de seus próprios desejos. Lembre-se, também, de que a satisfação conjugal não se deve puramente a fatores físicos. O sociólogo Seymour Fisher diz que a resposta sexual da mulher também depende de ela possuir “sentimentos de intimidade, de achego, e de confiabilidade”, e, da“capacidade [do marido] de identificar-se com a esposa, e de... quanta confiança ela deposita nele”.

Por conseguinte, você colhe o que você semeia. (Gálatas 6:7, 8) Semeie paixão e colherá uma abundante safra de dúvidas e incertezas. Mas se semear o domínio próprio, você colherá uma safra de fidelidade e de segurança.

Aqueles que esperam até se casarem, também, usufruir a paz mental, sabendo que estarão agradando a Deus.


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FONTE: Livro Os Jovens Perguntam - Respostas Práticas, Volume 1.


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